Kasinski Mirage 250 EFI – Manutenção elevada

Marca precisa melhorar preço e oferta de peças de reposição do modelo que é opção entre as customs

A Kasinski Mirage 250 EFI é uma moto custom de baixo custo de aquisição, com design interessante e atraente, sendo uma boa opção para quem roda bastante na cidade.

  • A dupla Valter (esq.) e Diego Tartalho, da Somoto, constatam muitos defeitos na Kasisnki Mirage 250 EFI
  • Botão de ignição recebeu adaptação
  • Modelo avaliado era 2010 e tinha 20.000 Km
  • Motor de arranque novo custa R$ 650
  • Chicote quebra e moto fica sem ignição
  • Módulo de injeção queima sem explicação

Com quase 20.000 Km, o modelo avaliado nesta reportagem é ano/modelo 2010, e estava na oficina do consultor 2 Rodas do Jornal Farol Alto, Valter Tartalho, da Somoto, na zona Norte de São Paulo, para conserto do motor de arranque. “Essa é uma moto de um cliente que já precisou de diversos reparos”, comenta Tartalho.

Na oficina
Segundo o consultor, a Mirage 250 EFI é uma moto frágil e que apresenta dificuldade de se obter peças de reposição, até mesmo nas concessionárias da marca. “Normalmente o tempo de espera é de 30 dias, isso se a montadora tiver em estoque”, afirma.

Esse problema de abastecimento gera reclamações e, além disso, segundo Tartalho, há o elevado custo dos componentes. Exemplo disso é o motor de arranque que o consultor estava consertando. “Um novo custa R$ 650 na concessionária, já o paralelo sai por R$ 300”, explica.

Por estes e outros motivos, Tartalho não recomenda a Kasinski Mirage 250 EFI aos clientes. “Faço a manutenção em cinco motos dessas, e já encarei diversos defeitos”, diz. Na Mirage da foto, Tartalho comenta que teve de adaptar um novo botão de ignição. “Esse é o tipo de peça que é cara e não se encontra na reposição”, afirma ao explicar que por causa de um simples botão é preciso trocar o punho inteiro, o que não sai por menos do que R$ 210. “A solução foi adaptar um alternativo”, diz.

Outro defeito que já precisou resolver foi no módulo eletrônico de gerenciamento do motor. Tartalho explica que a placa queima sozinha, e a bóia de combustível para de funcionar. “É preciso trocar o módulo inteiro, que custa cerca de R$ 3.100”, afirma.

Porém, o defeito mais crônico da motocicleta é, segundo Tartalho, a fiação. “Já peguei duas com esse problema. O chicote rompe bem onde o guidão se movimenta, e a moto perde o contato e o farol”, explica.

“É muito defeito para um único modelo, e pelo preço há outras opções no mercado”, conclui.