Geely GC2 – Cara de panda mas sem força

Com motor três-cilindros e boa disposição para trechos urbanos, o compacto não mostrou bom fôlego na estrada

Pequeno e gracioso. Assim é o Geely EC2, modelo compacto da montadora chinesa que no Brasil é representada pelo Grupo Gandini, o mesmo que importa os coreanos Kia. Uma característica dos modelos da Geely é o nível de acabamento e design mais sofisticados, e é justamente nisso que a empresa apostada para conquistar o consumidor brasileiro. Mas, apesar disso, os carros da marca não perderam totalmente as características chinesas.

  • Faróis dianteiros lembram urso panda, um dos símbolos nacionais da China
  • Mesmo pequeno, conta com sensor de estacionamento traseiro
  • Compacto também por dentro; porta-luvas tem porta de correr
  • Vidro traseiro é a tampa do porta-malas
  • Atrás, pouco espaço
  • Painel simples mas agradável

O EC2 é um carro pequeno, raramente visto nas ruas da cidade de São Paulo, uma vez que a marca conta com pequena rede de concessionárias formada por apenas nove pontos de venda no Brasil, em Porto Alegre (RS), Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Itu (SP), duas no Rio de Janeiro, Balneário Camburiu (SC), Natal (RN) e Fortaleza (CE).

Assim, rodar com o EC2 pelas ruas de São Paulo foi como estar em um carro estrangeiro, e para completar a cor vermelha era um motivo a mais para chamar atenção. E, claro, a semelhança do design do conjunto ótico frontal com as feições de um urso panda, também. Não à toa o carro foi apelidado pela imprensa especializada de “Pandinha”.

Vida a bordo
Com um pequeno motor três-cilindros 1.0 litro, gasolina, de 68 cv e 8,9 kgfm de torque máximo, e apenas 973 kg de peso, o Pandinha é ágil e encara bem o trânsito urbano. O conjunto de coxins absorve bem a vibração do motor, que responde de forma satisfatória até 120 km/h. Passar disso é quase impossível, assim se a proposta é tê-lo como único carro da família, atenção quando pegar a estrada.

Os bancos da frente acomodam bem dois adultos, a ergonomia do motorista é razoável, uma vez que não há ajuste de profundidade do volante. Atrás é apertado e duro, recomendado apenas para crianças, apesar de caber dois adultos.

O modelo disponível no mercado é versão única, e vem com ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico (vidros, retrovisor e trava) e alguns acessórios dispensáveis como sensor de estacionamento traseiro.

Detalhe interessante é que a tampa do porta-malas é o próprio vidro traseiro, o que torna o acesso um pouco difícil por conta da altura da tampa.

Com preço sugerido de R$ 30.900, o Pandinha é uma boa alternativa aos modelos convencionais, porém é preciso que a marca melhore o conjunto motor-transmissão para o carro render um pouco mais em relação à velocidade final. Na cidade, é até divertido, mas na estrada, chega a ser estressante.

Ficha técnica
Geely GC2
Motor: dianteiro, transversal, 3 cilindros, 1.0l, 12V, CVVT, gasolina
Cilindrada: 997cm³
Potência: 68 cv a 6.000 rpm
Torque: 8,9 kgfm a 3.600rpm
Câmbio: manual – 5 velocidades
Direção: hidráulica
Tração: dianteira
Pneus: 175/65 R14
Freios: disco ventilado na dianteira e tambor na traseira, ABS com EBD
Dimensões: comprimento, 3.598 mm; largura, 1.630 mm; altura, 1.465 mm; entre-eixos, 2.340 mm
Peso: 973 kg
Volumes: porta-malas – 205 l; tanque de combustível: 35 l
Desempenho: 0 a 100 km/h – nd; velocidade máxima: nd
Consumo (Km/l): cidade – n/d; estrada – n/d

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