Fiat Freemont – Mais marchas, mais fôlego

O câmbio automático de seis velocidades deixou o grandalhão da Fiat mais gostoso de dirigir e econômico

Agora com câmbio automático de seis velocidades, o Fiat Freemont é um veículo renascido. Isso porque as duas marchas a mais deram novo fôlego para o motor quatro-cilindros 2.4l, que passa a aproveitar melhor os 22,4 kgfm de torque máximo e os 172 cv de potência nas acelerações, ficou mais ágil e um pouco mais econômico, dependendo da forma como é conduzido.

  • Modelo avaliado tinha rodas de 19”, e preço total de R$ 130.890
  • Com três fileiras de assentos, leva até 7 pessoas
  • Conforto interno é total, com bancos e suspensão macia
  • Porta-malas de 145l
  • Freio de estacionamento no pé: projeto antigo
  • Painel de Dodge

Com proporções grandes demais para um Fiat – 4,90 m de comprimento, 1,90 m de largura e 1,75 m de altura -, o Freemont deixa claro que tem DNA norte-americano ao invés do italiano. É, assim, o Journey da Fiat, mas com preço mais acessível, uma vez que tem motor menor e menos potente.

A versão avaliada era a topo de linha, Precision, de sete lugares (R$ 119.900), branco (sem custo extra), com todos os opcionais: rodas 19 polegadas (R$ 3.200), teto solar (R$ 4.390) e bancos em couro e aquecimento (R$ 3.400). No total, o modelo era avaliado em R$ 130.890.

O interessante é que o Dodge Journey R/T que vem com os mesmos itens de série e motor V6 custa apenas R$ 4.000 a mais, R$ 134.900. Enfim, é uma questão de gosto e de oportunidade uma vez que ambos entregam o que prometem. A maior vantagem do Fiat é o tamanho da rede concessionária, com cerce de 600 pontos espalhados pelo Brasil contra 47 da Dodge.

Vida a bordo
O Fiat Freemont é um crossover familiar. Crossover é uma mistura de estilos. No caso do Freemont, um mix entre perua e SUV, o que resulta em um veículo com carroceria longa e alta, mas com posição de dirigir mais próxima de um carro de passeio. Porém, a suspensão é macia e molenga, típica de carro alto. Assim, não espere um excelente comportamento dinâmico em curvas, pois o que conta é o conforto e não a esportividade.

E conforto o Freemont entrega de sobra, ainda mais com todos os opcionais já citados. O ponto fraco é a falta de espaço no porta-malas com a terceira fileira de bancos, que pode ser rebatida e fica embutida no assoalho, mas para isso conta com barras longitudinais no teto para instalação de bagageiro.

O carro como um todo merece destaque, mas um item chama atenção pela falta de cuidado: o freio de estacionamento acionado por pedal, no pé esquerdo, que revela a idade do projeto. A maioria dos veículos já aboliram isso e vem com freio de mão com acionamento elétrico.

Ficha técnica
Fiat Freemont Precision 2.4 16V Automático
Motor: dianteiro, transversal, 4 cilindros, 2.4l 16V Dual VVT, gasolina
Cilindrada: 2.360 cm³
Potência: 172 cv a 6.000 rpm
Torque: 22,4 kgfm a 4.500 rpm
Câmbio: Automático de 6 velocidades
Direção: hidráulica
Tração: dianteira
Pneus: 225/55 R19 (original: 225/65 R17)
Freios: a disco ventilado (330 mm) na dianteira e sólido (328 mm)na traseira, ABS com EBD
Dimensões: comprimento, 4.888 mm; largura, 1.878 mm; altura, 1.750 mm; entre-eixos, 2.890 mm
Peso: 1.099 kg
Volumes: porta-malas 145 l a 2.301 l; tanque de combustível: 77,6 l
Desempenho: aceleração de 0 a 100 km/h em 12,9 s; velocidade máxima de 190 km/h