A voz dos reparadores

É com enorme satisfação que apresentamos a quarta edição imprensa do Jornal Farol Alto. Essa é uma conquista importante, pois muitas publicações impressas jamais chegam a este número. É, portanto, um divisor de águas.

Chegamos a este exemplar com muitas novidades. Março foi um mês intenso no mercado automotivo, com diversos lançamentos de produtos.

Três dos mais importantes estão reportados nesta edição: Peugeot 208, Chery Celer e Audi TT RS. São dois compactos e um super esportivo, este último de tirar o fôlego de quem dirige, e os dois anteriores, de tirar o sono da concorrência.

Porém, tão importante quanto reportar as novidades para nosso público alvo, o dono do carro, tem sido a excelente receptividade que o Jornal Farol Alto tem recebido, tanto por parte do leitor, quanto dos parceiros de distribuição (as oficinas), e também da indústria de autopeças e montadoras (os anunciantes).

Todo o mercado já compreendeu nossa missão: ser a voz dos reparadores, dos profissionais que mais entendem de automóveis, e têm importantes mensagens a passar para os motoristas, como a matéria sobre a inspeção veicular ambiental na cidade de São Paulo, que pode passar por mudanças em 2014.

Este é um tema que precisa ser debatido em todo Brasil. Deve, ainda, ser ampliado, pois além dos itens referentes à emissões de gases, é preciso haver fiscalização sobre itens de segurança, como freios, suspensão, iluminação etc.

É preciso lembrar que em 2014, todos os carros deverão sair de fábrica com airbags e freios ABS, por força de lei, pois se depender do consumidor brasileiro, mais vale um jogo de rodas grandes e brilhantes do que itens de segurança ativa e passiva. Se cinto de segurança fosse opcional, com certeza a maioria dos carros vendidos nem isso teria.

Mas, do que adianta freios ABS se a manutenção do sistema é negligenciada como um todo? A segurança adicional que o antitravamento oferece cai por água se o dono do carro não respeitar os prazos de troca do fluido de freio ou ainda das pastilhas, e quem dirá, dos discos de freios.

É preciso trocar os discos sempre que se troca as pastilhas? O que diz o manual do proprietário a este respeito? Não diz nada? Pois deveria, não? Ah, mas custa caro trocar tudo ao mesmo tempo. Custa mais caro do que a vida da sua família?

Ah, mas não tem lei que me obriga… Realmente, não. Mas deveria haver. Sim porque enquanto não houver maturidade no consumo de veículo, é preciso que haja imposição. Foi assim com o uso do cinto de segurança, lembram? Nos anos 90, ninguém usava. Ninguém precisava. Foi só começarem a multar os motoristas que pronto. Hoje, todo mundo usa, e não por causa da multa.

Com a manutenção preventiva é preciso fazer o mesmo. Hoje, poucos acreditam que precisam. Como mudar isso? Com a Inspeção Técnica Veicular, que obriga o dono do carro mantê-lo sempre em ordem.

Boa leitura
Alexandre Akashi – Editor