Manutenção preventiva automotiva: por que fazer?

O automóvel é uma máquina e se estiver ruim vai provocar um resultado ruim, independentemente da condição de alerta do motorista

Junho é, na cidade de São Paulo, o “Mês pela Conscientização da Ma­nutenção Preventiva dos Automó­veis”. A data foi instituída no calendário oficial do município em 2007, iniciativa adotada posteriormente por outras cida­des como Bragança Paulista-SP, (SP), So­rocaba (SP), Vitória (ES), Boa Vista (RR) e o Estado do Paraná.

Porém, infelizmente, não existe ne­nhum tipo de ação programada pelas administrações públicas para justificar a data. A busca nos portais Web das cida­des e estado acima listados pelas palavras “manutenção preventiva” e “automóvel“ não resultou em nada. Lamentável.

No entanto, no mês passado, diver­sas ações foram divulgadas por conta do Maio Amarelo, para conscientizar o motorista de que ele deve dirigir de forma segura, a fim de evitar acidentes. Empresas públicas e privadas, gover­nos estaduais e municipais montaram campanhas nas ruas e na mídia para dizer: “Ei você, motorista, não use o ce­lular ao dirigir, não beba antes de diri­gir e dirija devagar”.

Mas, em nenhum momento alertou para a necessidade de manter o veículo em ordem, consertar o freio que já não está assim tão bom, ou revisar o motor, que pode estar desregulado e consumin­do mais do que o normal e, consequen­temente, poluindo mais do que deveria.

Oras, como é possível dirigir uma máquina em segurança se ela não passa por uma inspeção técnica regular que certifica o bom estado de funcionamen­to? Com mágica? O automóvel é uma máquina e se estiver ruim vai provocar um resultado ruim, independentemente da condição de alerta do motorista.

Assim, é incoerente pedir atenção ao volante e ignorar o mau estado do veícu­lo. Nos países desenvolvidos, onde nas­ceu o Maio Amarelo, a inspeção técnica veicular é obrigatória a todos, e quem se recusar a fazer sofre penas gravíssimas.

Mas, aqui no Brasil, vamos tampan­do o sol com a peneira. Pra que manu­tenção preventiva? Em tempos bicudos como o que vivemos atualmente, nada é mais inteligente do que fazer a manu­tenção preventiva do automóvel. Mas, quem tem tempo para isso? Se essa é a sua desculpa, imagine, então, a cena: você, esposa e filhos estão atravessando a rua e, de repente, uma roda de ônibus se solta e só você sobrevive. Na sequên­cia, o dono do ônibus te diz: “Desculpe, não tive tempo de revisar o veículo”.

Segundo dados divulgados no mês passado pela OMS – Organização Mun­dial de Saúde, em Genebra, Suíça, o Brasil apresenta taxa de 23,4 mortes no trânsito para cada 100 mil habitantes, o que leva o país a ter o quarto pior de­sempenho no continente americano, atrás de Belize, República Dominicana e Venezuela.

Para alertar sobre este fato e tentar conscientizar o motorista que a manu­tenção preventiva do automóvel é uma boa ideia, esta edição traz reportagem especial com depoimentos dos nossos consultores automotivos sobre os benefí­cios de cuidar bem do veículo, tanto para o bolso do proprietário, quanto para a saúde e segurança de toda a sociedade, assim como para o meio ambiente.

 

Os editores
Alexandre Akashi e 
José Carlos Finardi

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