Revisão ou morte!

Saber o estado de manutenção do veículo é primordial nos dias de hoje, pois pode evitar acidentes de trânsito e também panes na via, que imobilizam o veículo e deixam os ocupantes à mercê da violência urbana

Ação ocorre no estacionamento do Telhanorte Aricanduva, na zona Leste de São Paulo

No dia 7 de outubro, os consultores automotivos da revista Farol Alto realizam a sexta edição do Check-up Solidário Farol Alto, no estacionamento do Telhanorte Aricanduva, na zona Leste de São Paulo (leia mais aqui). Saber o estado de manutenção do veículo é primordial nos dias de hoje, pois pode evitar acidentes de trânsito e também panes na via, que imobilizam o veículo e deixam os ocupantes à mercê da violência urbana. Assim, aos que acham que o título deste editorial é muito forte, lembrem-se sempre das notícias de latrocínios que diariamente são noticiadas na TV.

Além disso, rodar com o veículo em mau estado de conservação é infração de trânsito passível de multa. Inclusive com motor desregulado, queimando óleo, soltando mais gases de efeito estufa do que o permitido por lei. Muitos já devem ter se esquecido da inspeção ambiental veicular, que durante poucos anos obrigou os motoristas paulistanos conscientes a visitar uma oficina ao menos uma vez por ano para verificar se o motor estava bem regulado. Infelizmente não era uma consciência ambiental, mas punitiva, pois o carro ficava impossibilitado de fazer o licenciamento enquanto não fosse aprovado no teste do analisador de gases.

Infelizmente são raras as fiscalizações para verificação das condições de uso do automóvel no Brasil. E mais infelizmente ainda, são inúmeros os veículos nas ruas em mau estado de conservação. Afinal, pra que consertar e gastar dinheiro see não há fiscalização? Se o carro quebrar no meio da rua, que se dane, certo? As perdas sociais são grandes quando um acidente acontece por causa da falta de manutenção veicular. Por isso, a Revista Farol Alto faz campanha permanentemente a favor da instalação da inspeção técnica veicular anual para carros com mais de três anos de uso. Isso com certeza reduziria o número de mortes por acidentes de trânsito e, mais do que isso, por problemas respiratórios. Estudos comprovam que o número de mortes por problemas respiratórios aumenta em dias que a qualidade do ar é ruim.

Fundo do poço
Mudando de assunto, aparentemente e finalmente parece que a crise econômica brasileira chegou ao fundo do poço e começa a dar sinais de recuperação. Ao menos no setor automotivo, uma vez que as vendas de carros zero km voltaram a crescer e fecharam o período de janeiro a agosto de 2017 com aumento de 5,3% em relação ao mesmo período de 2016. Ao todo, foram vendidos 1,42 milhão de veículos este ano, ante 1,35 milhão de 2016.

Com este resultado, a Anfavea, associação dos fabricantes de automóveis, reviu a previsão para este ano, positivamente. A expectativa atual é que o total de veículos comercializados em 2017 atinja 2,20 milhões de unidades, cerca de 70 mil acima da previsão do começo do ano, que era de 2,13. Isto significa um aumento de 7,3% sobre as 2,05 milhões de unidades de 2016. “As novas previsões da Anfavea demonstram que a indústria caminha para um cenário de retomada. O que precisamos agora é de estabilidade no quadro econômico para que consumidores e investidores aumentem a confiança e o País como um todo entre em uma rota de aceleração da atividade econômica”, afirma Antonio Megale, presidente da Anfavea.

Alexandre Akashi
Editor