Kawasaki Ninja H2 – Motor supercharger de 210cv

Com motor quatro cilindros de 998 cc, deve custar cerca de R$ 100 mil, por conta da alta do dólar; na Europa, custa 25 mil euros

Por Marcel Mano,
do chassisblog.com

Para os próximos meses a Kawasaki, já oferece em seu site no Brasil, a nova Ninja H2. O lançamento, de acordo com o fabricante, proporciona “uma experiência sensorial superando qualquer coisa”. O nome H2 faz alusão ao primeiro projeto da Kawasaki Mach IV H2 (750cc) de 1972, ainda se referindo as Kawasaki H1 Mach III (500cc) e Z1 Super Quatro (903cc) como referências. Modelos que também utilizaram compressores.

  • Modelo herdou o propulsor da H2R, feita para as pistas
  • Supercharger quase como um turbo
  • Motor é DOHC com 16 válvulas e sistema de injeção dupla
  • Painel com contagiros até 16.000 rpm

A Ninja H2 nasceu a partir do inédito modelo H2R – versão de pista com cerca de 300 cv de potência, que na irmã street (210 cv) herdou o propulsor supercharger, desenvolvido a partir da larga experiência da Marca com a fabricação de turbinas e compressores para a área aero espacial, assim como os seus espelhos.

São tantas as divisões do grupo Kawasaki envolvidos no desenvolvimento da Ninja H2, que recebeu um logotipo “River Mark” que representa essa colaboração, utilizado em modelos de importância histórica.

A Ninja H2, ao contrário de um modelo de fabricação em massa, tem sua produção mais próxima ao “artesanal” o que requer mão de obra especializada para manuseio e montagem, assim como no tratamento de metais, soldagem, pintura e inspeção final, a fim de criar um produto de qualidade superior, na fabrica de Akashi, Japão, onde é produzida em uma área exclusiva.

Motor quatro cilindros de 998 cc, arrefecimento liquido, quatro tempos, DOHC, 16 válvulas, sistema de injeção eletrônica dupla, borboletas do acionamento de válvulas eletrônico e compressor Kawasaki. O que lhe confere pouco mais de 210 cv a 11 mil RPM de potência máxima e 14.3 kgf-m de torque a 10.500 RPM, com a atuação do sistema de indução de ar. Câmbio de seis velocidades.

Novo quadro em treliça e curta distância entre-eixos, projetado tanto para aproveitar a força do motor sobrealimentado, quanto para flexibilidade equilibrada à condução em ruas e pistas. Os freios ABS tem disco duplo dianteiro de quatro pistões radial monobloco Brembo com 330 mm de raio e traseiro simples de 250 mm, dois pistões.

Suspensão dianteira de competição KYB AOS-II totalmente regulável, invertida com barras de 43 mm e inédita suspensão traseira ajustável Uni Track com único amortecedor a gás. O pacote de eletrônica embarcada conta com sistemas, como: KTRC (Kawasaki Traction Control), KLCM (Kawasaki Launch Control Mode), KEBC (Kawasaki Engine Brake Control) e KIBS (Kawasaki Intelligent anti-lock Brake System).

O conjunto de luzes em LED – com design das luzes dos LED frontais lembrando os dentes afiados de um predador, painel de controle digital e pintura especial – à sombra parece preta, a luz do sol fica reflexiva, graças à camada de prata pura, responsável pelo acabamento espelhado.

Chassis, propulsor, desenho, acabamento, balança traseira, amortecedor eletrônico de “direção” Öhlins e processos manuais “artesanais” são exclusivos, e com o dólar em alta, o modelo poderá vir a ser comercializado na casa dos 100 mil reais. Na Europa, onde foi apresentada em setembro último é vendida por 25 mil euros.