Chery Tiggo – 1º chinês automático

Câmbio de quatro velocidades é fornecido pela DPO, mesma fabicante da caixa AL4 que equipa Renault e PSA

Depois de passar por uma reestilização, o SUV urbano da chinesa Chery, Tiggo, recebe agora câmbio automático, e passa a ser o primeiro modelo chinês comercializado no Brasil sem pedal de embreagem.

  • Outra novidade do modelo é o piloto automático com comandos no volante
  • A transmissão precisa de alguns ajustes de programação
  • Estepe é protegido e leds diurnos no farol
  • Câmbio não conta com opção sport
  • O motor é o mesmo da versão manual
  • O interior também não mudou
  • Com bancos rebatidos, capacidade de carga é de 818 l

A nova transmissão tem apenas quatro velocidades é fornecida pela DPO, mesma fabricante que produz as caixas AL4 que equipam os veículos Renault e PSA – Citroën-Peugeot.

Outra novidade do Tiggo AT é o piloto automático com comandos no volante, item exclusivo para a configuração, que tem preço sugerido de R$ 57.990, enquanto o modelo com câmbio manual de cinco velocidades custa R$ 51.990.

O motor é o mesmo 2.0 litros 16 válvulas DOHC, gasolina que rende 138 cv de potência a 5.750 rpm e torque máximo de 18,2 kgfm a 4.300 rpm.

Ao volante
A escolha da caixa automática de quatro velocidades pode não ter sido a melhor, uma vez que já existem modelos populares de seis marchas, porém este é o começo de uma nova era entre os modelos chineses. Poderiam já ter iniciado com algo melhor? Sim, mas foram pelo caminho mais simples (ou econômico). Vale lembrar que em outros mercados onde a Chery está presente, como na Austrália, o novo Tiggo (que lá se chama J11) vem com CVT de 7 marchas, enquanto a caixa de 4 é oferecida apenas para o modelo antigo.

No curto teste drive oferecido pela montadora pelas avenidas de Alphaville, em São Paulo, foi possível avaliar bem o funcionamento do câmbio automático, que necessita de alguns ajustes importantes de programação. Dirigindo em modo manual, o carro troca de marchas automaticamente ao atingir a rotação de corte, porém por duas vezes seguidas, ao trocar de primeira para segunda emendou uma terceira, o que fez a rotação cair muito e impossibilitou uma ultrapassagem em trecho de aclive. Até trocar a marcha sozinho, tudo bem (não deveria, mas tudo bem, muitos fazem isso), só que engatou terceira e prejudicou a dirigibilidade. Este é um ponto.

Outro ponto é o sistema que gerencia o câmbio e o motor. A sensação é de que ao trazerem o carro para o Brasil esqueceram de avisar a central eletrônica que nosso combustível é naturalmente batizado com etanol, e por diversas vezes o carro perdeu potência nas trocas de marchas por excesso de combustível. É, portanto, preciso ficar esperto ao dirigir o carro.

Para parar, no entanto, o carro é excelente. Mesmo logo após a partida do motor, o sistema já está alerta e permite parar bruscamente.

Ficha técnica
Chery Tiggo AT
Motor: dianteiro, 2.0 litros, 4 cilindros, 16 válvulas, DOHC
Cilindrada: 1.971 cm³
Potência: 138 cv a 5.750 rpm
Torque: 18,2 kgfm a 4.300 rpm
Câmbio: automático – 4 marchas, com trocas manuais sequênciais
Direção: hidráulica
Tração: dianteira
Pneus: 235/60 R16
Freios: disco ventilado na dianteira e sólido na traseira, ABS com EBD
Dimensões: comprimento, 4.390 mm; largura, 1.765 mm; altura, 1.705 mm; entre-eixos, 2.510 mm
Peso: 1.400 kg
Volumes: porta-malas 435 l; Tanque de combustível: 55 l
Desempenho: 0 a 100 km/h n/d; vel. máxima de 170 km/h