Captur ganha versão intermediária com câmbio CVT

Motorização 1.6 deverá responder por cerca de 60% das vendas do SUV

Captur 1.6 supera a versão com motor dois litros

Design do Captur chama a atenção

A Renault apostou todas as suas fichas ao lançar uma versão do Captur com câmbio CVT, e motor .6l. Errou? Certamente não. Primeiro por fugir da antiga caixa de transmissão de quatro velocidades que equipa a versão com propulsor 2.0. Segundo por ter deixado o veículo consideravelmente mais econômico, sem contar que vem de série bem completo. Ou seja, a versão intermediária (Zen) que tem preço inicial de R$ 84.900, passando pelo modelo mais completo que sai por R$ 88.400(Intense), devem responder por cerca de 60% das vendas do veículo.

Câmbio tem trocas sem trancos

O teste com a nova versão do Captur foi realizado em circuito urbano, entre o Rio de Janeiro e a cidade de Niterói, utilizando a versão Intense. Desde a saída a caixa de transmissão demonstra que é acertada e sem trancos entre a passagem das marchas.  Ao longo da primeira etapa da avaliação (13 quilômetros da ponte Rio- Niterói), o SUV vai rodando tranquilo, com rotação na faixa de 1.500 rpm, velocidade de 80 km-h.

A segunda parte do teste foi até a praia de Piratininga, Região Oceânica da cidade, onde o trajeto tem subidas e curvas acentuadas. Tanto na ida quanto no retorno a resposta do câmbio ficou devendo, mas na estabilidade ele passa com nota alta.  Aliás, a nota alta vale também para o nível acústico, a ótima posição de dirigir e o espaço interno e do porta-malas. Em relação ao consumo, o motor 1.6 SCe atende exatamente a proposta da Renault, ser econômico.  Para o retorno a opção foi com o câmbio sequencial de seis marchas. As trocas aparecem no painel de instrumentos.

Suv tem bom espaço interno, mesmo para quem viaja no banco traseiro

É inegável que o Captur tem muitos pontos positivos como o design, nível de equipamentos oferecidos, dirigibilidade, no entanto o SUV tem seus escorregões (não há carros perfeitos), e neste caso poderiam ter sido evitados como a falta de aletas para as trocas de marcha sequencial e o posicionamento dos botões de controle de velocidade entre outros. Nada que a Renault não possa corrigir.

Conheça o câmbio

A sigla CVT (Continuously Variable Transmission- transmissão continuamente variável) oferece relações de marcha continuamente variáveis, ou seja, tem ‘marchas infinitas’, as trocas não tem trancos. Já X-TRONIC CVT traz relações mais longas em comparação a outros câmbios do mercado, além de um sistema avançado de correia e polia e uma bomba de óleo menor e evoluída.

O câmbio X-TRONIC CVT traz uma transmissão adicional, garantindo menor tamanho e peso do conjunto, permitindo que ele seja até 10% mais leve.  O conjunto conta ainda com o sistema Lock-up com Active Slip Control, onde a polia é liberada de forma gradual para que o torque seja transmitido de forma linear.

Ficha técnica

Motor: 1.6l 16V

Câmbio: XTronic-CVT

Potência: 118 cv (gasolina) e 120 cv (etanol) a 5.500 rpm

Roda Alumínio / Pneu 215/60 R17

Suspensão: tipo MacPherson, triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos telescópicos e molas helicoidais, na dianteira. Suspensão traseira semi-independente com barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos verticais.

Freios: sistema ABS, com discos ventilados na dianteira e freios traseiros com tambores; ESP (controle eletrônico de estabilidade); HSA (assistente de partida em rampas) ···.

Direção: Eletro-hidráulica.

Tanque de combustível: 50 litros

Porta-malas: 437 litros

Medidas: 4.33m de comprimento, 1,81m de largura, 1,62m de altura, entre-eixos 2,67m.

Consumo: 7,3 km/l (etanol); 10,5 km/l (gasolina) ··.