Não pare em fila dupla

Terminadas as férias escolares, o transito volta ao normal estado caótico e congestionado. Para não piorar ainda mais, algumas dicas simples que podem evitar ficar parado no meio da rua

Fevereiro é mês de volta às aulas e como sempre, o retorno do trânsito intenso. Estes são dois motivos a mais para não esquecer de fazer as revisões periódicas do veículo.

Ficar com o carro imobilizado no meio da rua por falta de manutenção é como parar em fila dupla na porta da escola: atrapalha todo mundo.

Assim, os consultores automotivos do Jornal Farol Alto preparam uma lista de pequenas intervenções que podem ser feitas pelo próprio dono do carro, em casa, para verificar se está tudo em ordem.

“Em caso de qualquer anomalia, procure uma oficina o mais rápido possível, pois um problema simples e pequeno pode se transformar em um grande transtorno, caso não seja reparado a tempo”, afirma Sergio Torigoe, do Centro de Diagnóstico Automotivo Torigoe, na Zona Leste de São Paulo.

“Além disso, as trocas de peças de desgaste natural feito com antecedência (manutenção preventiva) é muito mais barata do que a corretiva”, completa Júlio de Souza, da Souza Car, também da Zona Leste.

dica-manuais

Para download, nos sites

Manual do proprietário
A primeira dica pode parecer a mais óbvia, e por isso mesmo é a menos seguida: ler o manual do proprietário antes de fazer qualquer tipo de intervenção no veiculo.

“O manual contém as informações básicas e importantes, como periodicidade das revisões (em quilometragem ou tempo), especificação e quantidade de fluídos que devem ser utilizados (lubrificantes de motor e transmissão, fluído de freio, da direção hidráulica, líquido de arrefecimento etc.), pressão de pneus, entre outros”, afirma Sergio Torigoe, do Centro de Diagnóstico Automotivo Torigoe.

 

Limpador de para-brisa
Em dias de verão, as tempestades são frequentes. É nessa hora que se lembra como fazem falta palhetas novas. “Os limpadores de para-brisas devem ser substituídos regularmente, pois a borracha se desgasta e resseca com o tempo, o que provoca perda de efetividade no funcionamento”, comenta Eduardo Topedo, da Ingelauto.

A Bosch, um dos fabricante de palhetas do mercado, informa ainda que insetos grudados no vidro também podem abreviar a vida desse item. O responsável pelo treinamento técnico comercial da Robert Bosch na América Latina, Vilmar Betarello, comenta que a gordura presente nos insetos, somada à trepidação gerada quando o limpador passa sobre eles abrevia a vida útil das palhetas.

Palhetas com ruído ou trepidação

Palhetas com ruído ou trepidação

Palhetas com formação de faixas e riscos

Palhetas com formação de faixas e riscos

Palhetas com falhas na limpeza

Palhetas com falhas na limpeza

Palhetas com formação de névoa

Palhetas com formação de névoa

 

 

 

 

 

 

 

 

Lâmpadas queimadas, não

Lâmpadas queimadas, não

Lâmpadas
Dirigir atrás de um veículo sem luz de freio é péssimo, não? A cada freada, um susto. Por isso é sempre importantes ficar atento ao bom funcionamento das lâmpadas dos faróis e lanternas, assim como da luz de sinalização da placa.

“Algumas lâmpadas são de difícil acesso e dependendo do caso é preciso desmontar grades e para-choque, assim é sempre recomendado consultar um profissional”, afirma Torigoe.

 

Entre o mínimo e o máximo

Entre o mínimo e o máximo

Nível de óleo do motor
Ao abastecer, no posto, o frentista gentilmente oferece: posso verificar o óleo? Logo que puxa a vareta de medição constata que o nível está abaixo do mínimo e já dispara: “Falta pelo menos um litro e seu motor pode fundir. Quer completar?” Quanta gentileza…
“Há dois erros nesta situação”, afirma Francisco Carlos de Oliveira, da Stilo Motores. “O primeiro é verificar o nível logo após desligar o motor, pois o óleo ainda está nas galerias do motor e demora algum tempo para escoar até o cárter, onde fica a ponta da vareta de medição. O ideal é medir antes de dar a primeira partida do dia, de preferência com o veículo posicionado em local plano”, explica.
“O segundo é misturar tipos e marcas de óleos diferentes, uma vez que nem sempre lembramos qual foi exatamente o lubrificante usado na última troca”, diz. “Cada marca tem aditivos diferentes que se misturados podem danificar o motor”.

O TWI indica a hora da troca

O TWI indica a hora da troca

Pneus
Rodar com pneu careca é infração de trânsito, um risco a segurança do condutor e demais motoristas e pedestres. Mas, muito antes de o pneu ficar careca, é preciso trocá-lo por um novo.
“Todos os pneus têm uma marca chamada TWI, que indica o nível de desgaste máximo”, diz Julio Souza, da Souza Car. “Quando a borracha atinge o TWI, significa que chegou a hora de trocar o pneu”, comenta ele ao explicar que é importante também estar com os pneus sempre calibrados.
“Quando descalibrados, consomem mais combustível, além de prejudicar a dirigibilidade. Mas lembre-se: os pneus devem ser calibrados frios, pois o ar se expande com o aumento da temperatura, o que provoca diferença de leitura”, diz. “É importante também calibrar o estepe, pois nunca se sabe quando será preciso usá-lo”, recomenda.