Como será 2014?

Não tenho dúvidas de que este será um ano difícil para a grande maioria dos brasileiros. Afinal, é ano de Carnaval em março, Copa do Mundo em junho e julho, e eleições em outubro

Além disso, no mundo dos carros, é ano de encarecimento do automóvel, por conta da volta do IPI, e da obrigatoriedade do air bag e ABS (que por pouco não foi derrubado por uma canetada sem-vergonha).

Temos, portanto, muito o que refletir, pois o brasileiro perdeu mais uma vez a chance de se firmar como cidadão de primeiro mundo. Aos poucos, Estados Unidos, Japão e Europa se recuperam da crise internacional e tudo o que conquistamos nestes dois últimos anos foi uma economia frágil e cheia de tapa-buracos que a qualquer momento pode ceder e mostrar realmente um poço sem fundo e sem medida.

Os gastos públicos com estádios para a Copa do Mundo é um absurdo, assim como a falta de infraestrutura para receber os turistas. Sem falar no portos para escoar a produção. Estradas e ruas esburacadas são cada vez mais frequentes, entre outros problemas.

2014 será um ano difícil. Mas, como acabou de começar, é preciso ter esperança. É com base nisso que a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) divulgou o balanço de 2013 e expectativas para 2014.

2013 foi um ano razoável, para eles, que contabilizaram queda nas vendas de automóveis e comerciais leves na ordem de 1,61% em relação a 2012. Este foi o primeiro resultado negativo em vendas internas nos últimos 10 anos.

E para 2014, na melhor das hipóteses, a Fenabrave calcula repetir os resultados de 2013. Na pior, retração de vendas na ordem de 3,5%.

Em meio a tantas incógnitas, algumas certezas: o carro 0 Km vai ficar mais caro para o consumidor, que provavelmente terá de cuidar mais do que tem, pois esta não é a melhor hora de trocar o usado.

Assim, quem atua no aftermarket, precisa ficar atento, para não perder oportunidades de negócio.

Comemorar
Apesar de tudo, precisamos comemorar a chegada do novo ano. Janeiro marca o primeiro ano de impressão do Jornal Farol Alto. Superamos a marca de 12 edições impressas, foi um período de aprendizado e muito sacrifício, cheio erros e alguns poucos acertos que permitiram dar continuidade por mais um ano.

Temos ainda muito a trabalhar. Somos novos ainda e temos de mostrar valor. Mas, passar a barreira das 12 primeiras impressões é um marco que temos de celebrar.

Outro marco importante e que também merece comemoração foi a decisão do Contran em manter a obrigatoriedade do airbag e ABS para todos os veículos produzidos a partir de 2014, e não ceder às pressões do sindicato dos metalúrgicos e governo federal (propositalmente escrito em letras minúsculas) para liberar a Kombi.

Os carros vão ficar mais caros? Sim, vão, mas, ao mesmo tempo, serão mais seguros. Quanto vale a vida de um ente querido? Se a maioria dos compradores de automóvel não tem capacidade de priorizar itens de segurança, então é preciso fazer que comprem isso a força mesmo. A falta de educação, ensino e esclarecimento da população é um mal que precisa ser combatido diariamente porém, a quem isso importa?

Se fosse para deixar a Kombi no mercado, melhor seria tirar os freios dos carros para assim ficarem mais baratos e todo mundo poder ter uma ‘arma de fogo branca’ na garagem.

Bom, temos um longo ano pela frente. Vamos sofrer bastante ainda, principalmente na Copa. Mas, como somos brasileiros, não desistimos, jamais.

Feliz Ano Novo!
Alexandre Akashi
Editor

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