Fiat Doblò 2005 – Pouco a declarar
Fiat Doblò apresenta poucos defeitos crônicos, mas dá muito trabalho para trocar lâmpada
O Fiat Doblô é um desses carros que só quem tem gosta, pois nunca foi muito bonito, mas é bem utilitário. Com espaço de sobra para cinco passageiros e respectivas bagagens, caiu no gosto dos taxistas, pois além de espaçoso é fácil e relativamente barato de manutenção.
A unidade avaliada é um Adventure 1.8l flex 2005, que estava na Stilo Motores para revisão preventiva e troca da bóia de combustível. Com 143.700 Km, o veículo nunca apresentou problemas graves, segundo o proprietário da Stilo Motores, Francisco Carlos de Oliveira, que há anos cuida da manutenção do veículo.
Na oficina
O Fiat Doblò é um carro bastante elogiado pelos reparadores. “Tenho vários clientes que tem esse carro, e o de menor quilometragem que vem aqui na minha oficina tem 350.000 Km”, afirma Claudio Cobeio, da CobeioCar.
Porém, nem tudo são flores. Segundo Marcos de Castro, da Mecânica De Castro, o modelo costuma apresentar ruídos nas portas traseira e lateral. “Além disso, outro lado ruim é encontrar peças de acabamento”, diz.
Sérgio Torigoe, do Centro de Diagnóstico Automotivo Torigoe, comenta que o Doblò tem ainda defeitos recorrentes nos pinos de contato elétrico das portas de correr. “Os pinos aquecem e travam abertos, sinalizando portas abertas no painel de instrumentos com apito sonoro e luz indicativa, mesmo com as portas fechadas”, diz.
Outro item bastante criticado pelos consultores automotivos do Jornal Farol Alto foi o sistema de suspensão. “Batentes do eixo traseiro devem ser substituídos com frequencia”, comenta Luis Carlos Bailone, da Luizinho Reparações Automotivas. “O carro tem defeito crônico na parte de suspensão (bandeja e pivô)”, afirma Julio de Souza, da Souza Car.
Já o consultor Eduardo Topedo, da Ingelauto, comenta sobre problemas crônicos de aceleração. “O corpo de borboleta eletrônico apresentava muito defeito, tanto que mudaram a marca”, diz.
Apesar de tudo, o Doblò é querido entre os reparadores, exceto na hora de trocar as lâmpadas traseiras. “É muito trabalhoso, demoro meia hora em cada lado”, diz Torigoe.