Ford EcoSport 2.0 2013 – Podia ser melhor
O visual mudou, mas os defeitos de acabamento permanecem na SUV compacta mais vendida
Reestilizado em 2012, o Ford EcoSport virou um carro global da marca norte-americana e, tal como no primeiro lançamento, uma febre de consumo.
O sucesso se resume a um design interessante e agradável (mas claramente inspirado em modelos orientais como Hyundai e Honda), bom nível de potência de motor e preço (custa caro, mas como estamos no Brasil…).
A versão avaliada é uma intermediária, SE, com motor 2.0 l, câmbio Powershift (automatizado de dupla embreagem), de seis velocidades. A adoção deste câmbio em um SUV compacto é uma novidade até então bem-vinda, pois eleva o nível dos produtos da categoria.
Estava na Mecânica De Castro, do consultor Marcos de Castro, para revisão geral. Com 22.900 Km, indicava problema de transmissão. “O sistema informava sobrecarga na transmissão”, comenta De Castro. “A solução foi simples, bastou efetuar o reset da memória de avarias com ajuda de um scanner”, diz.
De Castro explica que este tipo de aviso aparece no painel para alertar o motorista de que a forma de condução do veículo está provocando superaquecimento do sistema. “Pode ocorrer quando o motorista queima embreagem em subidas”, exemplifica. “Por isso não recomendamos ficar segurando o carro na subida pelo acelerador”.
Em rápida pesquisa pela internet, descobre-se que existem diversos casos de problemas eletrônicos no câmbio Powershift, como travamento na posição P e trancos na mudança de marcha. Assim, é preciso ficar atento ao adquirir o modelo de segunda mão para este defeito, pois pode representar elevado custo de reparo.
Na oficina
De uma forma geral, o novo EcoSport agrada os consultores do Jornal Farol Alto, porém muitos citaram problemas de acabamento interno, com níveis de ruídos elevados principalmente na tampa traseira.
Já o consultor Luis Carlos Bailone, da Luizinho Reparações Automotivas comenta que já teve casos com problemas elétricos. “Já precisei trocar bobina e também percebi um desalinhamento muito grande na porta traseira, em relação à carroceria”, diz.