Atenção à temperatura

Muito elogiado, o Ford Courier tem poucos defeitos crônicos de arrefecimento e ignição

Com boa relação custo-benefício, o modelo saiu de linha em 2013, mas talvez volte este ano

Com boa relação custo-benefício, o modelo saiu de linha em 2013, mas talvez volte este ano

Durante um bom tempo, no início dos anos 2000, a picape compacta Ford Courier era considerada por muitos especialistas e consumidores a melhor do segmento no mercado, e portanto fonte de inspiração e exemplo.

Com capacidade de carga de 750 kg e 1.030 litros, a caçamba da Courier era a melhor entre as picapes leves

Com capacidade de carga de 750 kg e 1.030 litros, a caçamba da Courier era a melhor entre as picapes leves

Os pontos fortes são o tamanho da caçamba, com 1030 litros e capacidade de carregar 750 Kg de carga, a robustez para o trabalho pesado, por contar com sistema de suspensão traseiro com feixe de mola e amortecedor pressurizado, e a boa potência do motor 1.6l flex, que desenvolve até 109 cv de potência e 15,6 kgfm de torque máximo quando abastecido com etanol.

Na oficina

No motor Zetec Rocan Flex 1.6l, a peça mais frágil é a válvula termostática eletrônica, que quebra com frequência

No motor Zetec Rocan Flex 1.6l, a peça mais frágil é a válvula termostática eletrônica, que quebra com frequência

Entre os defeitos, apenas um é crônico no Ford Courier, segundo os Consultores Automotivos do Jornal Farol Alto. Em uníssono, todos comentam sobre as falhas no sistema de arrefecimento. “O dono do carro precisa ficar atento ao reservatório de água, que costuma trincar e quando isso acontece, o carro sobreaquece e danifica a válvula termostática e o cavalete da válvula”, comenta Claudio Cobeio, da CobeioCar.

“Geralmente, quando se tem vazamento ou problema no sistema de arrefecimento, é preciso trocar o conjunto cavalete, válvula termostática e sensor”, explica Marcos de Castro, da Mecânica De Castro. “Esse conjunto custa entre R$ 500 e 300 (original e paralelo, respectivamente).

É raro, mas o acabamento interno da porta pode cair com o tempo. Feito de papelão, o jeito é adaptar um reparo

É raro, mas o acabamento interno da porta pode cair com o tempo. Feito de papelão, o jeito é adaptar um reparo

Outro problema comum neste veículo é com o sistema de ignição (bobina, cabos de velas e velas de ignição). Segundo Sergio Torigoe, do Centro de Diagnóstico Automotivo Torigoe, é aconselhável trocar os cabos sempre que trocar as velas. “As velas ficam em uma posição muito ruim e os cabos sofrem bastante com o aquecimento do motor e ficam quebradiços”, comenta.

Além desses poucos defeitos crônicos, os proprietários de Ford Courier devem ficar atentos aos itens de acabamento, como o lateral interna da porta, que são de papelão e com o tempo podem amolecer. “O problema é que não há sobressalente, e quando isso acontece, dificulta o fechamento da porta”, comenta Torigoe. A solução é adaptar um reparo usando o antigo como molde”, explica, uma vez que a peça original custa mais de R$ 500 e leva meses para chegar.

*Valores de referência encontrados na região Leste da cidade de São Paulo. Podem variar de acordo com marca e localidade

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