Carros com mais tecnologia

Começou a corrida interna por carros mais eficientes; VW Fox mostra o que é possível fabricar no Brasil em termos de carros verdes

A indústria nacional dá um salto importante com o início de produção de venda do Fox Bluemotion 1.0 litro com motor de três cilindros todo em alumínio que avaliamos nesta edição.

Trata-se do início de uma transformação nos sistemas de propulsão dos automóveis brasileiros que teve início em 2011, com o lançamento do Kia Picanto 1.0l e mais recentemente com o Hyundai HB 20 1.0l, que utiliza o mesmo motor.

Mas, nestes dois casos, o propulsor era importado, inclusive no Hyundai, que é montado em Piracicaba, interior de São Paulo. Assim, a fabricação do motor EA211 R3 1.0l da Volkswagen em São Carlos, também interior de São Paulo, reflete uma nova fase que o país vive em termos de tecnologia.

Com certeza as concorrentes virão atrás. Afinal, na Europa, Estados Unidos ou Japão, todas já desenvolveram propulsores similares, em busca de redução de peso para conseguir melhor eficiência energética.

Dessa forma, será cada vez mais comum nos noticiários automotivos a presença de motores menores, com menos cilindros, mas com mais potência e torque do que os atuais quatro cilindros.

Neste quesito, a Audi é campeã, e acaba de apresentar de forma comercial para o consumidor brasileiro o novo A3, modelo compacto sucesso de vendas no mundo inteiro.

Assim como o Fox, o novo A3 ganhou um motor menor – em cilindrada – abandonando de vez o quatro cilindros 2.0 litro turbo de injeção direta, para ganhar um 1.8 litro turbo de dupla injeção, uma direta e outra indireta (pág. 13).

Com este modelo, a Audi quebra paradigmas interessantes. O primeiro deles é que a injeção indireta MPFI tem sim seu valor com relação à eficiência energética, pois o sistema eletrônico de gerenciamento do motor privilegia este sistema quando a aceleração é suave e progressiva, mesmo em velocidades elevadas.

Outro paradigma quebrado pela engenharia alemã diz respeito à famosa ‘banguela’, uma vez que possui sistema de roda livre que ao identificar situações em que o motorista está em processo de desaceleração, como em uma decida, desengata a marcha e o faz deslizar em marcha lenta, mas com rodas livre.

Nesta edição avaliamos ainda o desempenho de dois modelos compactos premium na oficina: o Citroën C3 1.4l x o Chevrolet Agile 1.4l, com uma surpresa interessante, que de certa forma também quebra um paradigma: de que os carros da GM têm tecnologia defasada e de manutenção fácil.

Ao trocar a linha, muitas alterações foram feitas nos modelos da montadora de origem norte-americana, que ganharam sofisticação e por isso mesmo merece atenção.

Boa leitura
Alexandre Akashi – Editor

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