2º Pit Stop – Carros precisam de mais cuidados

Somente dois dos 40 carros avaliados estavam com 100% dos itens avaliados Ok. Elevado índice de problemas revela necessidade de mais campanhas de conscientização

Dos 40 carros avaliados, apenas dois estavam com todos os itens avaliados ok

Dos 40 carros avaliados, apenas dois estavam com todos os itens avaliados ok

O 2º Pit Stop dos Consultores Automotivos do Jornal Farol Alto revelou que os motoristas e motociclistas da zona Norte da cidade de São Paulo precisam dar mais atenção à manutenção dos seus veículos. Dos 40 automóveis e 10 motocicletas avaliadas, apenas dois carros e uma moto passaram com 100% dos itens revisados em total conformidade.

  • O dia parecia que ia ser perfeito para um mutirão de revisão grátis
  • Técnicos da Sampel avaliaram itens de borracha da suspensão
  • Porém a chuva afugentou os motoristas; mesmo assim 40 carros e 10 motos foram avaliados
  • Baterias também foram checadas pelos consultores do jornal
  • Motorista ainda teve veículo avaliado em itens de funilaria

Entre os carros, o item que mais apresentou falhas foi o sistema de iluminação, com 55% de problemas no total. Isso indica que mais da metade dos carros revisados tinha pelo menos uma lâmpada queimada, entre lanternas dianteiras e traseiras, farol baixo, farol alto, piscas, luz de freio, luz de marcha à ré e/ou luz de placa.

As lâmpadas de placa e de freios foram as mais anotadas, com incidência de 20% e 10% respectivamente. “Como são lâmpadas que raramente o motorista do carro vê, por ficarem na parte de trás do veículo, são as que mais passam desapercebidas no dia-a-dia”, afirma o consultor Francisco Carlos de Oliveira, proprietário da Stilo Motores.

Pneus
A avaliação das condições dos pneus dos carros que participaram do Pit Stop também é preocupante, uma vez que os consultores encontraram problemas em 50% dos veículos. Isso significa que a cada dois carro, um tinha pelo menos um pneu ruim, no limite do TWI.

“Muitos consumidores ainda não entendem o conceito do TWI e pensam que enquanto o pneu não ficar totalmente careca, não é necessário trocar, mas a lei diz que os sulcos do pneus devem ter pelo menos 1,6 mm de profundidade, exatamente a altura do TWI, que nada mais é do que um indicador de referência”, comenta o consultor Luis Carlos Bailone, proprietário da Luizinho Reparações Automotivas.

Outro problema encontrado pelos consultores foi a diferença de calibração entre os pneus dianteiros e traseiros, com 33% e 25% de incidência entre os veículos avaliados, respectivamente. Chamou atenção no entanto a enorme diferença encontrada entre os pneus traseiros, em que foram constatados casos de mais de 25% diferença entre os pneus direito e esquerdo. “Pode parecer bobagem, mas má calibração dos pneus reflete diretamente na dirigibilidade e consumo do veículo”, explica Bailone. “E esse é um procedimento que não custa nada realizar uma vez por semana, sempre que parar no posto de combustível para abastecer”, diz.

Chuva
Aparentemente, nem mesmo os frequentes dias de chuvas tem sido o suficiente para conscientizar os motoristas da importância de substituir as palhetas do limpador de para-brisas periodicamente. O 2º Pit Stop dos Consultores do Jornal Farol Alto constatou que 43% dos automóveis precisavam trocar o item ou realizar algum tipo de manutenção no sistema.

“Além de palhetas ressecadas, encontramos problemas no sistema do lavador de vidros também, que simplesmente não funcionavam”, comenta o consultor Sergio Torigoe, do Centro de Diagnóstico Automotivo Torigoe. “Como estamos bem nos meses de maior incidência de chuvas, ficar com a visibilidade prejudicada por falta do equipamento aumenta o risco de acidentes”, diz.

Dayco
A avaliação das correias ficou à cargo da Dayco, que participou como patrocinadora do evento. Segundo levantamento dos técnicos da empresa, 38% dos veículos tinha algum tipo de problema com as correias de acessórios, e 25% com a tensão das correias dentadas. “Isso indica que mais da metade dos carros avaliados precisava de atenção nesse item, um índice elevado se considerado a importância para o veículo”, afirma Torigoe.

O consultor lembra que as correias, principalmente a dentada, devem ser substituídas preventivamente para evitar danos maiores aos componentes internos do motor. “Na maioria dos veículos, este componente é feito de borracha, que se desgasta com o uso e tempo, e por isso deve ser trocado de tempos em tempos, de acordo com a recomendação do fabricante do veículo”, explica Torigoe, ao comentar ainda que é recomendada a troca conjunta dos tensionadores. “Nem sempre isso é necessário, porém é uma segurança a mais”, diz.

Sampel
Uma novidade desta segunda edição do evento foi a avaliação de componentes da suspensão e direção, realizada pelos técnicos da Sampel, que encontraram problemas em 35% dos veículos avaliados. Ao todo, foram verificados nove itens (coxim do amortecedor, kit de batentes do amortecedor, buchas das bandejas, buchas do eixo traseiro, bieleta, bucha da barra estabilizadora, coxim superior e inferior do motor, e coxim do câmbio).

“Esses componentes, apesar de secundários, são importantes para a dirigibilidade do veículo, e por isso devem ser verificados pelo menos uma vez por ano”, explica o consultor Claudio Cobeio, da CobeioCar, ao comentar ainda que são itens verificados na inspeção de segurança veicular (ISV), e qualquer sinal de ressecamento ou ruptura de uma única borracha é motivo para reprovação do veículo.

Extintor
Causador da última polêmica de 2014 – e primeira do ano -, o extintor de incêndio de 25% dos veículos avaliados estava vencido, fora de especificação (não era do tipo ABC), ou simplesmente ausente.

“Apesar de ser item obrigatório, nem todo mundo se atenta para isso”, comenta Cobeio. O consultor lembra que o prazo para regularizar o item foi prorrogado para 1º abril, e lembra os consumidores para não deixar a troca para a última hora, para não correr o risco de ficar sem, tal como ocorreu em dezembro.

Sachs
Tal como no primeiro evento, a Sachs esteve presente para avaliar as embreagens dos veículos, e constatou problemas em 18% dos automóveis que passaram pelo Pit Stop. O mesmo índice foi constatado na avaliação de análises de gases, com 18% dos carros reprovados.

“A tendência é piorar com o passar do tempo, pois não contamos mais com a inspeção ambiental veicular”, comenta Cobeio.

Segurança e mecânica
Além do extintor de incêndio foram verificados os demais itens de segurança obrigatórios (estepe, macaco, cinto e/ou triângulo), sendo que 13% dos carros tinha algum problema um pelo menos um desses itens. Foram realizados também testes de fluido de freios e bateria, com 10% e 85 de reprovações respectivamente.

Além disso, o Pit Stop revelou ainda que 8% dos carros tinha problemas de nível com o óleo do motor, e 5% com o fluido de arrefecimento.

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